quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

MINTA PARA MIM


A verdade é concreta. Apóia-se na realidade, coisas que aconteceram, existem ou existiram. Aqueles falam a verdade o fazem de forma segura, estão afinal se apoiando em bases firmes e sólidas. Agora falemos sobre a mentira...

Ninguém melhor do que um escritor para falar sobre a mentira. Quando falamos de ficção sabemos que tudo que estamos lendo é uma bem elaborada, cativante e divertida mentira. Mas nós queremos acreditar assim mesmo. Essa é a graça das grandes historias: queremos ler sobre vidas que não são as nossas. Assim podemos sonhar, comparar e até mesmo esquecer, nem que seja por um breve momento que não fazemos parte daquele universo - um lugar construído por uma corrente de mentiras que nós sabemos que são mentiras.

Não gostamos quando nos deparamos com algum erro de algum autor durante a trama porque paramos de acreditar que a historia seja possível. A verossimilhança de um texto talvez seja o que há de mais importante durante uma narrativa ficcional, porque esperamos que aquele mundo inventado faça sentido. Daí vem a idéia que todo os escritores tem que ser excelentes mentirosos.

Olhando por um outro lado, outro ponto de vista, a mentira é fraca, não tem fundamento só resiste ou existe através da vontade do mentiroso ou na daqueles que acreditam nela. Na série de televisão “‘Lie to me” o personagem Dr.Cal Lightman investiga os mentirosos interpretando os mínimos gestos e expressões. Os episódios se passam enquanto Lightman resolve casos para a policia, o FBI ,empresas particulares ou alguém disposto a descobrir verdades escondidas.O mais interessante durante a serie são as comparações entre os gestos feito pelos mentirosos da serie com cenas de pessoas reais mentido, tais como: ex-presidentes e grandes lideres etc. Quando alguém acredita em uma mentira ela passa a ser verdade aos seus olhos.Grandes erros da humanidade não foram feitos por mentirosos mas sim por pessoas que acreditaram neles. Alguns, tão perdidos nessa ilusão preferem não enxergar a verdade, porque se recusam a acreditar que estavam errados. Ou sendo enganados.

Felipe Okamoto Esteves

domingo, 6 de novembro de 2011

Crítica : PIRATAS DO CARIBE - navegando em águas misteriosas

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O quarto filme da linha Piratas do Caribe deixa a antiga trilogia dos últimos filmes de lado e nos conta outra história. Calma, ainda estamos falando da saga do Capitão Jack Sparrow (Johnny Depp) e suas aventuras no mundo da pirataria e pilhagem. Neste filme seguimos o gancho deixado no final do terceiro filme - Jack e antigos “amigos” partem em busca de um dos maiores clichês em historias de jornada: A fonte da juventude.
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Conhecidas lendas e mitos do mar fazem parte do enredo dessa interessante e mística história. Ao contrario dos filmes da mesma linha que o antecederam, temas como:Davy Jones,o Kraken, o Fim do Mundo, maldições Maias e outros elementos mais desconhecidos do mundo pirata, ficam de fora do enredo. Ficamos com figuras mais marcantes das quais todos nós já ouvimos falar, mas de quem sabemos muito pouco:
Sereias,a lenda da fonte da juventude e o pirata Barba Negra e seu impressionante navio“A Vingança da Rainha Ana” cuja as cordas dos mastros se movem sozinhas e seus oficiais são zumbificados.
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O clima continua igual, a ausência de personagens: Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth (Keira Knightley) não prejudicou em nada o tema de aventura e Swashbucker da saga. – Na verdade deixou o tema mais leve uma vez que esses personagens faziam parte do núcleo mais dramático. - Essa palavra estrangeira (Swashbucker) define bem certas cenas de ação não só do quarto filme da série mas também de todos os outros. O verbo to swash quer dizer algo com “fazer bagunça, barulho, agir de modo insolente, atrevido”. Buker indica “aquele que porta, aquele que possui uma característica ou à faz”. Swashbuckeling é uma versão romantizada e muitas vezes exagerada dos séculos XVI e XVII, fala de piratas heróicos, duelistas e duelos audazes e inconseqüentes. Esse gênero traduz perfeitamente várias cenas de luta sobretudo no inicio do filme - Jack se agarra em lustres, salta sobre carruagens em movimento e até se aproveita para roubar o brinco de uma senhora nobre com os dentes...
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Piratas do Caribe Navegando em Águas Misteriosas não decepciona e consegue, na minha opinião, ser o melhor dos quatro filmes da série.

Titulo original: Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides
EUA , 2011 – 141 min
Gêneros: Ação / Aventura / Comédia / Fantasia

Por. Felipe Okamoto Lyra Esteves

domingo, 3 de janeiro de 2010

OS OUTROS




Certo dia uma raposa observava seus filhotes do alto da sua toca. Eles brigavam por um pedaço de peixe. Por um acaso ela havia trazido um numero impar de pesca para casa.Eles sabiam que deveriam dividir, mas não sabiam como...

Cada um queria dividir da sua maneira.Tentando enganar um ao outro.

O primeiro filhote queria iludir o segundo fazendo o pensar que as metades divididas eram iguais, mas na verdade ele estava reservando o pedaço maior para si. A recíproca era verdadeira.

Já sabendo de tudo e cansada de ver aquilo. A raposa saltou sobre os dois e ordenou:

-Dividam não apenas a comida mais também as responsabilidades. Enquanto um divide o outro distribui. Sabendo que se não dividisse honestamente, seu irmão escolheria o maior pedaço. O filhote responsável pela divisão, teria que ser justo para que a divisão não fosse injusta com ele.E assim eles fizeram.

Ao notar que suas crias tinham entendido o que ela tinha feito, a raposa disse a eles como mãe.

-Vocês podem ver agora filhotes. O inferno são os outros.




segunda-feira, 7 de setembro de 2009

RESPOSTAS





A verdade sempre esteve à mostra... As pessoas é que não querem enxergá-la... Ou preferem não vê-la...

Tem medo daquilo que não podem controlar... Entender por completo. Preferem ficar com aquilo que já conhecem, não querem se expor.

A ignorância é confortadora, acolhedora, não traz conseqüências nem preocupações. Mas a natureza humana é a evolução, ambição.

Talvez, um dia tenhamos as respostas para nossas antigas perguntas, mas devido a nossa natureza surgirão novas perguntas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O MONGE







Mestre:- Você agora deve fazer um voto de silêncio de duas semanas. A fala é um vício terreno no qual devemos conseguir nos abster


Discípulo:- Sim mestre.Começarei imediatamente...


As tardes passaram e o monge permaneceu em silencio solene. Não pronunciou uma palavra sequer... Nem quando a casa de um dos aldeãos ardeu em chamas,que engoliram o dono enquanto dormia... Nem quando a fome lhe abateu.Penou a conseguir esmola para se alimentar... Nada dizia, nada falava. Sua fé em si mesmo era forte e quase inabalável...

Vendo a força de vontade do monge, uma raposa, que cruzou seu caminho, lhe disse:

-Incrível é tua perseverança. Conseguiste ficar até cinco dias sem falar...

-Não me subestime já estou há 11 dias sem falar e... - Ao perceber o que tinha acabado de fazer, o monge caiu em desespero.


Arrependido, limitou-se a lamentar e a amaldiçoar a raposa.

Porém, ela lhe disse:

-Eu nada fiz para te prejudicar. Se sua fé fosse verdadeiramente concreta não precisaria de palavras para comprová-la.








quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VISLUMBRE DO FUTURO


Precognição, visões, habilidade oracular.


Há muitas maneiras de supostamente prever o futuro, entretanto, conhecer o universo das possibilidades é a maneira mais garantida de se prever o que vai acontecer.

Conhecer as pessoas, seu caráter e suas linhas de pensamento nos permitem até certo ponto, prever aquilo que elas irão fazer. O mundo é cheio de possibilidades. Basta conhecer a maioria delas e determinar aquela que mais tem probabilidade de acontecer. Essa é a maneira com a qual os homens controlam seus destinos, aumentando as chances do resultado tão desejado ou diminuindo a possibilidade de um destino desagradável.


No final das contas, o segredo para não se surpreender com o futuro é muito simples e fácil:


Espere por tudo...



terça-feira, 11 de agosto de 2009

DUALIDADE


Acredita-se que o mundo seja regido e formado por duas forças...

O lado positivo e o negativo, o bem e o mal.Aqueles que riem da desgraça alheia e aqueles que choram por ela. Como máscaras que só podem ser usadas uma por vez, é natural que se pense: ‘‘você só pode fazer parte de um lado’’

Mas pensem bem: a ordem não existe sem o caos. Não há momentos de alegria intensa, se não pudermos compará-los aos momentos mais melancólicos. Se a ordem reinasse seriamos como robôs programados apenas com uma rotina imutável, não haveria livre arbítrio ou a possibilidade de uma ação arbitrária.

É impossível não notar uma relação simbiótica em cada par de elementos antagônicos. A natureza os fez em pares, para se completar e na eterna guerra na qual nenhum sairá absoluto, criar novas possibilidades.