As tardes passaram e o monge permaneceu em silencio solene. Não pronunciou uma palavra sequer... Nem quando a casa de um dos aldeãos ardeu em chamas,que engoliram o dono enquanto dormia... Nem quando a fome lhe abateu.Penou a conseguir esmola para se alimentar... Nada dizia, nada falava. Sua fé em si mesmo era forte e quase inabalável...
Vendo a força de vontade do monge, uma raposa, que cruzou seu caminho, lhe disse:
-Incrível é tua perseverança. Conseguiste ficar até cinco dias sem falar...
-Não me subestime já estou há 11 dias sem falar e... - Ao perceber o que tinha acabado de fazer, o monge caiu em desespero.
Arrependido, limitou-se a lamentar e a amaldiçoar a raposa.
Porém, ela lhe disse:
-Eu nada fiz para te prejudicar. Se sua fé fosse verdadeiramente concreta não precisaria de palavras para comprová-la.