sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O MONGE







Mestre:- Você agora deve fazer um voto de silêncio de duas semanas. A fala é um vício terreno no qual devemos conseguir nos abster


Discípulo:- Sim mestre.Começarei imediatamente...


As tardes passaram e o monge permaneceu em silencio solene. Não pronunciou uma palavra sequer... Nem quando a casa de um dos aldeãos ardeu em chamas,que engoliram o dono enquanto dormia... Nem quando a fome lhe abateu.Penou a conseguir esmola para se alimentar... Nada dizia, nada falava. Sua fé em si mesmo era forte e quase inabalável...

Vendo a força de vontade do monge, uma raposa, que cruzou seu caminho, lhe disse:

-Incrível é tua perseverança. Conseguiste ficar até cinco dias sem falar...

-Não me subestime já estou há 11 dias sem falar e... - Ao perceber o que tinha acabado de fazer, o monge caiu em desespero.


Arrependido, limitou-se a lamentar e a amaldiçoar a raposa.

Porém, ela lhe disse:

-Eu nada fiz para te prejudicar. Se sua fé fosse verdadeiramente concreta não precisaria de palavras para comprová-la.








2 comentários:

  1. gostei do visual e dos contos, continuem assim, bela parceria, parabéns!

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  2. Parabéns pelos contos e pelas gravuras. Esse conto em especial, nos remete a um ensinamento muito importante relacionado ao orgulho dos seres humanos. Porém, gostaria de ver mais trabalhos divulgados.

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